No mês de aniversário de 37 anos de “Armação ilimitada”, Kadu Moliterno, o Juba da série, está lançando em seu canal no YouTube, o “Fala Kadu“, uma série de conteúdos especiais sobre a história. Neles, atores do elenco escolhem suas cenas favoritas e relembram a participação no sucesso dos anos 1980. O próximo vídeo a entrar no ar trará o depoimento de Nelson Motta, um dos criadores da produção:
– É uma homenagem que estou fazendo a um programa que ainda dá muita saudade nas pessoas. Em paralelo, existe um projeto de um longa que eu e André De Biase estamos lutando para produzir. Está numa produtora de São Paulo. A pandemia atrapalhou muito.
E não é só a série que está fazendo aniversário. O próprio Kadu completa 70 anos no dia 20 de junho:
– É só uma data. Não me sinto com essa idade e acho muito importante dizer isso. Eu tenho 52 anos de carreira, mas estou há três anos sem atuar e sem contrato com alguma emissora. A minha vontade é voltar. Quero deixar isso claro porque às vezes os autores podem pensar em mim e achar que eu já não estou mais querendo trabalhar. Mas eu quero.
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No próximo mês, ele ainda lançará um podcast com o surfe como tema central. Ele, que pratica o esporte desde os anos 1970, falará dos pioneiros da modalidade no Brasil e do preconceito sofrido por eles. Também dará dicas de saúde e bem-estar. O projeto vai ao ar no Instagram e no YouTube:
– Passei por todas as fases do surfe no Brasil. Por 25 anos seguidos eu fui para o Havaí surfar. Fazia uma novela, pegava o dinheiro e passava dois meses lá. Hoje, vou para o mar diariamente. Seja com prancha ou só com pé-de-pato, para praticar o surfe de peito. O mar me dá uma energia de que eu preciso. Além de surfar, vou para a academia também. Sou casado com uma atleta profissional (a fisiculturista Cristianne Menezes), e ela me leva.
Por causa da pandemia, Kadu ficou quase três anos sem ver os filhos, Kenui, de 25, Lanai, de 28, e Kawai, de 30, que vivem nos EUA:
– Eles moram em San Diego e Los Angeles, já são adultos e estão muito bem encaminhados. Isso é ótimo. A maior alegria para um pai é ver os filhos bem. Nesse tempo todo desde a pandemia, só vi o caçula, que é muito corajoso e conseguiu vir aqui mesmo com a situação difícil. Mas os outros dois estão para vir, um para o meu aniversáio e o outro, no máximo, em julho.
Essa falta de medo de Kenui já fez com que o ator declarasse que preferia vê-lo de vez fora do país. É que ele tem receio do preconceito que o filho pode sofrer no Brasil sendo homossexual:
– Ele defende a causa lá fora. Claro que eu me preocupo em qualquer lugar do mundo, mas aqui ainda é muito forte o preconceito. A gente tem um índice enorme de assassinato de pessoas LGBTQIA+. Sem contar que, nas vezes que ele veio, foi assaltado em arrastão e agredido. Então, tenho muito medo, mas ele é destemido. Por isso me preocupo. Só que filho é criado para o mundo, uma hora não dá mais para eu dizer “não faça isso”. Acho que, agora, depois dos últimos assaltos, ele está mais com o pé atrás, mais cuidadoso.