O tempo é relativo. Essa frase resume algo que o físico Albert Einstein escreveu, afirmando que “a diferença entre passado, presente e futuro é apenas uma persistente ilusão”. O que ele quis dizer com isso, é que a maneira como cada um de nós interpreta o tempo não é a mesma.
Abaixo nós contamos um pouco mais sobre esta teoria e outros fatos curiosos sobre o tempo!
1. Diferentes culturas vivenciam o tempo de diferentes maneiras
(Fonte: Wikimedia Commons)
Quando falamos de tempo, é normal imaginar algo que se passa em linha reta, da esquerda para a direita, afetando a forma com que o compreendemos. Porém, diversas culturas possuem idiomas que fluem da direita para a esquerda. Para quem vive em sociedades com estes idiomas, a representação do tempo também é da direita para a esquerda.
Já para os aimarás, que vivem na Cordilheira dos Andes, o futuro ficou para trás, enquanto o passado está à frente. Isso acontece porque, na visão deles, o futuro é desconhecido e nós caminhamos de costas para ele, enquanto observamos o passado.
2. O tempo é (realmente) relativo
(Fonte: Shutterstock)
Existem duas interpretações diferentes para a frase “o tempo é relativo”. A primeira delas diz respeito à maneira como cada pessoa percebe o tempo passar. Quando você está trabalhando em uma atividade que exige muita concentração, ou está fazendo algo divertido, parece que o tempo acelera. Já quando a atividade é chata, o tempo parece se arrastar mais.
A explicação para isso é biológica e está relacionada com a liberação de dopamina no nosso corpo. Esse neurotransmissor é um dos responsáveis pela sensação de felicidade, mas um estudo também revelou que ele pode desacelerar o relógio interno do seu corpo, fazendo com que o tempo pareça estar voando durante uma atividade prazerosa.
3. O tempo pode afetar as pessoas de maneiras diferentes
Scott e Mark Kelly.
A segunda interpretação da frase é física e tem a ver com a Teoria da Relatividade, que demonstra como o tempo é afetado pela velocidade. Isso significa que para uma pessoa que passou a vida inteira na Terra, o tempo passa diferente do que para um astronauta em órbita.
Esse experimento foi provado com o astronauta Scott Kelly e seu irmão gêmeo, Mark. Depois que Scott passou 340 dias morando na Estação Espacial Internacional, ele voltou à Terra cerca de 5 milissegundos mais jovem que quando partiu, em relação ao seu irmão mais velho. A diferença está relacionada à velocidade maior da órbita na Terra. Se fosse possível viajar próximo à velocidade da luz, Scott poderia voltar mais jovem que os filhos ou netos de Mark.
4. Viajar no tempo é possível, teoricamente
(Fonte: Lucas Film/Disney/Reprodução)
De acordo com a teoria de Einstein, voltar no tempo é possível, basta ultrapassar a velocidade da luz. O problema é que para que isso aconteça, seria necessário ter massa infinita. Como isso seria impossível, a alternativa seria criar uma passagem que dobrasse o espaço-tempo e nos permitisse “cortar caminho”.
O que a física teórica sugere, nesse caso, é “construir” buracos de minhoca entre dois pontos no espaço-tempo. O problema para isso se concretizar é que nós ainda estamos longe de ter a tecnologia para construir algo como um buraco de minhoca.
A segunda alternativa seria dobrar o espaço-tempo arrancando algumas cordas cósmicas, que são finas correntes de pura energia que se movem em direções opostas a uma velocidade muito próxima da velocidade da luz. Duas dessas cordas poderiam, teoricamente, deformar o espaço-tempo o suficiente para criar uma passagem entre dois períodos diferentes no tempo.